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LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 14

  LUCAS (O EVANGELHO SEGUNDO), CAPÍTULO 4 : VERSÍCULO 14
(Programa de 14 e 17 Agosto/2011)

MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILÉIA
Jesus Inaugura sua pregação

14  Jesus voltou então [para a Galiléia], com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha.


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GALILEIA NA ROTA COMERCIAL: "GALILEIA DOS GENTIOS"

                             APONTAMENTOS - A GALILÉIA
Na ponta leste do Mar Mediterrâneo, situa-se a estreita faixa de terra, que em seu sentido longitudinal tem cerca 21.000 km de extensão territorial, compreendida entre o Mar e o deserto Árabe.

Por milhares de anos povos lutaram sobre essa terra. Essa terra é Israel, também denominada A Terra Santa.

A Palestina poderia ser dividida, geograficamente, em quatro faixas paralelas, que vão de norte a sul do país.

Região marítima: Da esquerda para direita no mapa, encontraremos uma estreita faixa plana muitíssimo fértil, banhada pelo Mar Mediterrâneo, e por tal razão, de clima ameno e vegetação riquíssima.

Cordilheira Central: Em direção no sentido do interior, encontraremos uma área central montanhosa que é continuidade das montanhas do Líbano, propícia à criação de animais e ao plantio, por ser uma região abençoada por chuvas regulares. Seguindo no sentido do Rio Jordão, ocorre uma queda na altitude, até a região de vale.

Vale do Jordão: A terceira faixa é o Vale do Rio Jordão, que corre numa falha geológica, que é a maior do mundo, rica em vegetação tropical, e dividi Israel de norte a sul.

Mais à direita do mapa de Israel, a quarta área fica entre o Rio Jordão e as Colinas de Moab, sendo uma vasta faixa de planalto oriental, também muito fértil pela precipitação dos ventos úmidos do mediterrâneo que encontram e colidem com as montanhas, condensando as nuvens em chuvas, no entanto, à medida que nos afastamos desse planalto, a região torna-se desértica, com montanhas arredondadas que formam o Deserto da Judéia.

Ao tempo de Jesus, a Terra Santa de Israel estava sob a dominação militar do Império Romano, que – após a morte do Rei Herodes Magno no ano 4ac – dividiu a Província da Judéia em tetrarquias, ou quartas parte do território dominado, entregando essas tetrarquias aos filhos de Herodes, ficando - após a deposição de Arquelau - a Judéia, a Samaria e a Iduméia sob a governança de um praefectus romano. A capital da Província da Judéia era a magnífica cidade de Cesaréia Marítima.

Arquelau foi deposto por Augusto e enviado para as Gálias. No seu lugar, César nomeia governadores para a Judéia, onde ficava Jerusalém e Cesaréia (porto). Pôncio Pilatos, também conhecido simplesmente como Pilatos (em latim, Pontius Pilatus), foi o quinto Prefeito (praefectus) da província da Judéia, da iduméia e da samaria entre os anos 26 e 36.

Herodes Ântipas foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia de 4ac até 39dc. Isso foi confirmado por Augusto. Casou-se com a própria sobrinha, sendo seu comportamento condenado pelos judeus e por João Batista. Tinha uma vida moralmente condenável, e que influenciava os costumes dos súditos, por isso Jesus fala do “fermento de Herodes”.

Filipe também era filho de Herodes O Grande com Cleopatra. Tertraca de 4ac a 34dc. Segundo o historiador Flávio Josefo, era o mais justo e sensato. Era pagão, reconstrói a cidade Cesaréia de Filipe (homenagem a César e a si mesmo) e de Betsaida Júlia, homenageando a filha de Augusto (Pedro, André e Felipe eram de Bestsaida).

Lisânia, tetrarca de Abilene. Na Antiguidade, Abilene ou simplesmente Abila, era um distrito da Síria, cujos limites são ainda imprecisos, mas que parece ter incluído as encostas orientais do Anti-Líbano, e ter o sul e o sudeste estendidos de Damasco até as fronteiras da Galiléia, de Batanea, e de Traconítides.

Conforme já o dissemos, a Galiléia era a tetraquia governada, ao tempo do ministério de Jesus, por Herodes Antipas, filho de Herodes O Grande. Galiléia deriva da palavra hebraica galil, que significa círculo, realmente, era uma tetrarquia com forma circular no mapa. Foi dividida pelo historiador Flávio Josefo em duas regiões geográficas: alta Galiléia e baixa Galiléia.

No centro dessa região está o Mar da Galiléia, também chamado Lago de Tiberíades, ou também Lago de Genesaré, que tem a forma de pêra ou, de corpo do violão, medindo 23.613 m de comprimento. De largura, tem em média 9km na curvatura menor e 11 km na curvatura maior da forma geométrica usada como analogia.

É um lago de águas frias, oriundas da neve derretida do Monte Hermom, trazidas pelo Rio Jordão. A atividade pesqueira era a principal fonte de subsistência das cidades banhadas pelo Tiberíades, e o comércio do peixe trazia inúmeros negociantes à região.

Cerca de três km ao sul, as águas deixam o lago, e se juntam ao Rio Jordão seguindo em direção ao Mar Morto.

Muitas praias do Lago são cercadas por declives bastante íngremes, o que protege o Lago de borrascas. No entanto, quando os ventos mudam de sentido, correndo sobre o Tiberíades ao longo de um de seus vales/declives, ele torna-se subitamente perigoso devido às ventanias e tempestades. Encontraremos no NT várias passagens onde ocorreram fortes chuvas de inicio súbito.

Como está a 210 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, no verão a região pode ficar insuportavelmente quente e abafada. Nada obstante, nas regiões de montanhas o clima é bastante ameno na maioria do ano.

Ao redor do Lago existe grande variedade na paisagem: ao leste, encontraremos uma faixa árida das Montanhas da Galiléia; a norte, temos as águas do Rio Jordão que passam por um pequeníssimo lago, o Lago Hula Basin; além de Cafarnaum, a nordeste, temos a fértil planície do Genesaré; existem os grandes precipícios do Penhasco de Arbel. Percebe-se, portanto, que trata-se de uma região pequena, mas de grande diversidade geográfica.

A Cidade de Carfarnaum era uma das mais famosas da Judéia, em função de ser a principal rota de comércio, ligando os mercados das regiões da Mesopotâmia, Damasco, Egito com as cidades da Grécia e os territórios Romanos, sobretudo através do Mar Mediterrâneo. Isaías (9:12) se refere a Galiléa como “Galiléia dos Gentios”, profetizando que ela seria honrada com uma grande luz. Por conseguinte, teria sido uma região de grande afluência de estrangeiros, razão pela qual os pesquisadores acreditam que Jesus teria escolhido Cafarnaum como sede de Seu ministério por razões estratégicas, bem possivelmente para o objetivo de pregar Sua mensagem ao maior número possível de pessoas, de povos diversos. Como o grego era língua universal para as atividades comerciais, acreditam os investigadores, que Jesus deveria dominar a língua grega, razão que explicaria as seguintes passagens:

João,7:35
"Disseram, pois, os judeus uns aos outros: Para onde irá ele, que não o acharemos? Irá, porventura, à Dispersão entre os gregos, e ensinará os gregos?"

João, 12: 20-23
"Ora, entre os que tinham subido a adorar na festa havia alguns gregos. "Estes, pois, dirigiram-se a Felipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus. Felipe foi dizê-lo a André, e então André e Felipe foram dizê-lo a Jesus. Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem.

Mas o ministério de Jesus na Galiléia não ficou limitado a Cafarnaum. Em incrível demonstração de visão e inteligência, Jesus desenvolvera um ministério itinerante, realizando inúmeras viagens missionárias na própria Galiléia, nas regiões circunvizinhas, em regiões estrangeiras como a sírio-fenícia e outras tetrarquias, como a Judéia. Além disso, em genial demonstração de liderança superior, criou e desenvolveu inúmeras equipes, como os doze apóstolos, os setenta de Galiléia, as mulheres piedosas, culminado com os quinhentos da Galiléia.

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Bons estudos, fraternal abraço, Fabiano


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